6ª aula - AS BEM-AVENTURANÇAS ESTÃO NA BASE DA MORAL
AS BEM-AVENTURANÇAS ESTÃO NA BASE DA MORAL - 6ª aula
As bem-aventuranças respondem ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração do homem. Elas nos ensinam o fim último ao qual Deus nos chama: o Reino, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação divina, o repouso em Deus. Por isso, “elas nos deixam diante de escolhas decisivas com relação aos bens terrenos; purificam nosso coração para que aprendamos a amar a Deus sobre todas as coisas” (Cat. §1729).
As bem-aventuranças nos dão os critérios de discernimento no uso dos bens terrestres, de acordo com a Lei de Deus, por isso é base da nossa Moral.
Diz o Eclesiástico que “Deus deixou o homem nas mãos de sua própria decisão” (Eclo 15,14), para que pudesse livremente aderir a Deus, e chegar, assim, à feliz perfeição (GS 17,1).
A responsabilidade de uma ação humana pode ser diminuída ou até eliminada em certos casos, por causa da ignorância, violência, medo e outros fatores psíquicos ou sociais. (cf. Cat. §1746)
O objetivo de uma ação praticada, a intenção e as circunstâncias constituem as três “fontes” da moralidade dos atos humanos. (cf. Cat. §1757)
O objetivo escolhido determina moralmente o ato do querer, conforme a razão o reconheça e julgue bom ou mal. As emoções e os sentimentos podem ser assumidos em virtudes ou pervertidos em vícios.
A Igreja ensina com firmeza que: “Não se pode justificar uma ação má, embora feita com boa intenção.” (São Tomás de Aquino, Decem Pratec. 6). Por exemplo, não se pode matar uma pessoa, pela eutanásia, com o desejo de diminuir o seu sofrimento.
Os fins não justificam os meios. Não é permitido fazer o mal para que daí resulte um bem. Este princípio hoje é muito violado, em nome da “caridade”. Se esta norma for violada, toda a Moral desaba e toda verdadeira civilização perece.
O ato moralmente bom supõe três coisas ao mesmo tempo: 1-a bondade do objeto; 2- a bondade da finalidade; e 3 – a bondade das circunstâncias.
Não há imoralidade em sentir as paixões; poderá haver dependendo do consentimento da razão e da vontade.
Por outro lado, as emoções e os sentimentos podem ser transformados em virtudes ou em vícios, dependendo do consentimento. O sentir não é pecado; mas sim o consentir.
Tópico: A Moral Católica
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