Espiritismo – os fantasminhas evocados não são camaradas

20/04/2015 16:51

 

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E aí meu povo!

Voltamos com um assunto bem espinhoso, já que vamos mexer com a turma que acha que Chico Xavier foi um avatar e que Allan Kardec foi um cara muito legal. Numa série bem curtinha de posts (prometo) vamos mostrar a vocês algumas das discrepâncias do espiritismo, que fazem dele um abuso totalmente incompatível com a Sã Doutrina.

Nosso lance aqui não é atacar as pessoas (essas precisam de ajuda, e na minha própria família tem muitos espíritas), mas dar subsídios, em especial aos mais jovens, para responder corretamente quando questionados a respeito das diferenças, pra lá de inconciliáveis, entre a Doutrina de Jesus e as loucuras kardecistas.

Como fontes para esse trabalho temos os livros “Espiritismo – Orientação para católicos” (Ed. Loyola) e “Espiritismo e fé” (Ed. Quadrante), ambos de Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. Ele inicia seu livro “Espiritismo e Fé” (P. 5) com a seguinte exortação:

“Peço ao Divino Espírito Santo que ilumine os que lerem essas páginas, para que vejam e entendam as razões por que o católico não aceita o espiritismo. Redigi-as movido pela caridade pastoral, pela urgência do esclarecimento solicitado por tantos fiéis católicos e pelo desejo de ser o ao mesmo tempo claro na exposição, rigoroso na argumentação, lógico na dedução e fiel à doutrina cristã. Seu gênero literário não é de diálogo com os espíritas, que merecem meu respeito, embora deles divirja, mas de orientação para católicos.”

Iluminou-me com certeza, e mostrou-me também que escolhi o caminho certo ao afastar-me dessa heresia medonha.

Espíritas e católicos concordam que:

  1. O mundo não é só matéria (entendeu, ateu?);
  2. Deus existe e é eterno, imutável, imaterial, único, onipresente, soberanamente justo e bom;
  3. Deus criou o Universo;
  4. Os valores do espírito são superiores aos valores da matéria;
  5. O ser humano não é só matéria;
  6. Depois da morte nossa alma continua viva e consciente;
  7. A vida após a morte está condicionada a forma como vivemos no corpo;
  8. Os falecidos não rompem com os que vivem ainda na Terra;
  9. No mundo do além nem todos são iguais;
  10. Há espíritos perfeitos que vivem com Deus, que podem nos socorrer e ajudar;
  11. Do mesmo modo, há espíritos maus que podem perturbar e prejudicar;
  12. Reconhecem ambos a extraordinária figura do Nosso Senhor Jesus Cristo;
  13. Que as leis morais do Evangelho são extraordinárias e que Jesus insistiu principalmente na caridade (entendeu crente?);
  14. Devemos fazer o bem e fugir do mal;
  15. Os pecados podem ser expiados;
  16. A virtude será premiada depois da morte.

Até agora, nada demais. Mas vamos começar a falar da lambança…

Sabemos que espíritos do além podem manifestar-se ou comunicar-se perceptivelmente conosco. A Igreja não nega isso. Tanto católicos quanto espíritas admitem dois tipos de manifestação dos espíritos: as espontâneas e as provocadas.

padre_pioAs manifestações espontâneas levam em conta que a iniciativa parte do além (saiba mais no post “I see dead people“). Como exemplo, podemos citar a difundida história de uma alma que veio pedir a ajuda de Padre Pio de Pietralcina para sair do Purgatório. Essas manifestações não afrontam a doutrina da Igreja.

Já as manifestações provocadas têm sua iniciativa em nós, os vivos. Citando as Escrituras, temos o episódio em que o rei Saul pede à necromante de Endor que evoque a alma do falecido Samuel (I Samuel 28, 3-25).

A Igreja aceita de bom grado as manifestações de espíritos do além, desde que sejam ESPONTÂNEAS, oferecidas pela bondade do Pai Eterno. Por outro lado, as manifestações provocadas, ou evocações, são divinamente proibidas. E são justamente essas evocações o meio principal para as peripécias do espiritismo, digo, “revelações”.

As manifestações provocadas estão entre as principais divergências entre a Igreja e os filhotes de Kardec (pra quem não sabe, ele adotou esse nome porque pensava ser a reencarnação de um sacerdote celta. Ah…tá.). O espiritismo é justamente isso: a evocação de gente morta.

A segunda e principal divergência entre nós e os espíritas é a questão da reencarnação. As consequências lógicas, sobretudo no modo de conceber a salvação eterna, tornam esses dois corpos doutrinários absolutamente irreconciliáveis (já falamos sobre isso no post “Se correr o karma pega. Se ficar o karma come!“).

Amanhã, veremos: como surgiu o espiritismo? Quem era Allan Kardec? Até lá!

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A piada acima só os trekkies entenderão!!!

 

fonte: o catequista

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