Allan Kardec: jejum e mortificação não valem de nada

20/04/2015 17:54

 

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A lábia de Allan Kardec e de seus adeptos seduz demais os brasileiros, inclusive muitos daqueles que frequentam as missas dominicais e não perdem uma procissão. É a religiosidade sentimentalista, em que há pouco espaço para a razão. “Falou bonito de Jesus, é de Deus, tá valendo!”. E qualquer jerimum azedo com a Bibra embaixo do sovaco ganha aura de mestre espiritual.

Em um post em que analisamos o absurdo da doutrina do karma, nossa leitora Ana Cris comentou:

“Mas o Evangelho Segundo o Espiritismo é baseado no Evangelho que vem de Cristo, certo? Não seria uma doutrina Cristã, portanto?”

Bem, a resposta está clara como água límpida, em uma carta de São Paulo à comunidade dos Gálatas:

Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo.

Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! (Gal 1, 6-9)

Precisa dizer mais alguma coisa, minha gente? Não há outro Evangelho, senão aquele pregado pelos Santos Apóstolos! O resto é lixo. LI-XO.

Quem lê “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, se tiver um mínimo de conhecimento sobre exegese e doutrina católica, se dá conta muito facilmente de que, de evangélico, ele não tem nada. Para enganar os desavisados, ele traz alguns conceitos cristãos genéricos, de aprovação geral – amar o próximo, fazer caridade etc. – e, no meio disso, empurra pela goela abaixo uma dose imensa de veneno anticatólico, de mentiras, distorções e heresias.

Vamos aqui destacar um exemplo dentre as muitas ideias anti-evangélicas divulgadas no mais famoso livro de Kardec: a questão do jejum e das mortificações. Vamos ver o que a bibra espírita diz sobre o tema (grifos nossos):

“…há mérito em procurar aflições, agravando suas provas com sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: sim, há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações têm por objetivo o bem do próximo, pois isto é a caridade por meio do sacrifício. Não, quando visa apenas favorecer a si mesmo (…).

“Não enfraqueçais vosso corpo comprivações inúteis e mortificações sem objetivo, pois tendes necessidade de todas as vossas forças para realizar vossa missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar vosso corpo é transgredir a Lei de Deus. (…)

“Se quiserdes um sacrifício, aplicai-o sobre vossa alma e não sobre vosso corpo; mortificai vosso Espírito e não vossa carne;…”

(O Ev. Seg. o Espiritismo, cap. 5, item 26)

Peraí, deixa ver se eu entendi, Seu Kardec: quer dizer quequando Jesus fez jejum durante 40 dias no deserto Ele estava transgredindo a Lei de Deus? E São João Batista, que só se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, perdeu toda a sua vida com “privações inúteis e mortificações sem objetivo”? E todos os profetas e santos que se mortificaram e jejuaram… eles estavam errados?

Aham, Cláudia, senta lá!

Contrariando os ensinamentos de Cristo, Kardec nega o bem que a mortificação do corpo pode nos fazer:

  • quando expomos o nosso corpo a algum desconforto (mortificação) estamos “treinando” o nosso espírito para que este fique mais disposto a realizar as boas obras, mesmo aquelas mais penosas;
  • as práticas de jejum e mortificação podem trazer muitos méritos e graças espirituais para quem as realiza;
  • o jejum torna a oração mais poderosa e nos ajuda a ser mais capazes de combater toda espécie de mal, conforme nos ensinou Jesus: “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Mateus 17,20).

Por essas e outras, um católico que dá crédito à pregação de Allan Kardec – e a de Chico Xavier ou de qualquer outro que siga a sua cartilha cínica e anti-evangélica – cospe na vida de Cristo, cospe da vida dos santos e profetas que muito se mortificaram e jejuaram.

E aí, você fecha com o Evangelho pregado pelos Apóstolos, herança eterna da Igreja, ou prefere seguir um cara que chegou 18 séculos depois dizendo que a sua “bibra dos fantasminhas” é que era o Evangelho top de linha?

Fonte: o catequista

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